As Origens de Portugal

Rómulo de Carvalho

34.00

Sinopse

Em As Origens de Portugal - História contada a uma criança de Rómulo de Carvalho tem o leitor nas mãos um trabalho que o autor e a génese tornam excecional. Escrito e ilustrado por um jovem professor liceal, no Portugal da década de 1940, em pleno crepitar da Segunda Guerra Mundial, quando a bandeira oficial da Alemanha ostentava a cruz suástica e, em Lisboa, se ensaiava sem convicção a defesa contra ataques aéreos.
O jovem professor de física e química, com interesses intelectuais muito mais vastos, era pai de uma criança de sete anos acabada de entrar na escola primária. Foi esse filho o destinatário e de algum modo terá sido também pretexto amável para um trabalho que exprime com enternecedora simplicidade uma visão da vida e do mundo e reflete, no conteúdo e na forma, as preocupações didáticas do educador.
Leva o autor o seu jovem pupilo numa breve viagem às terras onde nasceu Portugal, de visita aos povos que aí viveram, trabalharam e lutaram, apresentando-lhe, com grande à vontade, homens de carne e osso, fidalgos, clérigos e plebeus, o rei, o papa, chefes e subordinados, ricos e pobres, um chamado Viriato, outro Afonso, outro Sancho, os primeiros destes nomes que reinaram em Portugal. Na expressão e no movimento do relato, alegre, às vezes jocoso, mas também sério e profundo quando apropriado, adivinha-se o mestre e o aluno de mãos dadas, palmilhando a história, respeitosa e comovidamente.
Estamos perante um divertimento magistral a que a ausência da intenção de publicar terá dado um sabor especial. Há sim a intenção clara de abrir janelas sobre o mundo, a história e a vida dos homens com uma abordagem abrangente, animada por variadas excursões à volta do tema central sobre o qual se discorre, deixando entrever a formação humanista que conhece e reconhece a ciência, sem preconceito, como elemento da unidade do mundo.
No plano educativo, o texto vale muito pelos valores que procura transmitir, como: humildade perante o saber, amor à verdade (mesmo se desagradável), disciplina e trabalho, como atividade social, respeito pela diversidade e pela liberdade de consciência.

(Do Prefácio de Frederico Gama Carvalho)