O Cinema Português

Raúl Avelar

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Sinopse

Este trabalho procurou detectar quais os constrangimentos existentes ao nível do cinema português no espaço europeu, através de uma análise transdisciplinar, Pois se considera que a compreensão desta problemática não pode ser confinada a uma só dimensão, passando por uma convocação de diferentes áreas do saber, assim como pela reflexão em torno da especificidade histórica e cultural quer da experiência portuguesa quer da que se prende com o espaço europeu em que esta se insere.

Nesse sentido, procurou-se fazer uma análise das diversas vertentes que compõem o cinema português enquanto indústria, desde a sua evolução histórica, evocando conceitos como multiculturalismo e transculturalidade, passando para um levantamento de questões relativas à cultura visual, reflectindo sobre o impacto das novas tecnologias no cinema, e sobre a influência da indústria cinematográfica americana no cinema europeu. De seguida, seguiu-se a análise da legislação portuguesa sobre cinema, os programas de apoio, nacionais e europeus, à distribuição do cinema português. Por fim, analisa-se a distribuição do cinema em Portugal, assim como a relação entre produção e distribuição, a distribuição do cinema português no estrangeiro e a relação entre a distribuição e os programas de apoio no sector. Para melhor contextualização procedeu-se à análise de estudos de caso - grupo Paulo Branco, Ukbar Filmes e António Pedro de Vasconcelos.

«A realidade do cinema enquanto indústria apresenta diversas complexidades, (...) [ali], sublinho que, na minha perspectiva, a indústria cinematográfica portuguesa, por muito pequena que seja, constitui uma indústria. Com efeito, considero que encarar a realidade cinematográfica como algo menos que uma indústria tem implicações que se podem, a meu ver, reflectir negativamente a longo prazo no cinema português. Por outras palavras, a natureza dupla do cinema, na minha opinião, torna redundante a questão, o cinema português é artesanal ou uma indústria? Creio que o essencial é procurar o equilíbrio entre a faceta cultural e económica, tanto ao nível das políticas como da própria forma de actuação dos agentes.»